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Amar o PORTO +

"Não há futuro sem memória. Sem enraizamento e sem memória, os povos, como os homens, são apenas náufragos." Manuel António Pina

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DALÍ NO PORTO, "a posteriori"

13.11.07, amaroporto2

 

 

Como milhares de outras pessoas entre 1 de Agosto e 4 de Novembro, fui ao Palácio do Freixo. Para ver os trabalhos do Dalí e, principalmente, para me despedir do Palácio. Deste, e doutras coisas, falarei mais tarde.

Da exposição, gostei. Não sendo dos meus pintores preferidos, nem representante das correntes artísticas de que mais gosto, tenho de reconhecer o seu  talento. Dalí é daquela espécie de "génio e louco", como convém. Acho que ele teria gostado de saber os seus trabalhos expostos num Palácio barroco. Apenas um senão: a multidão de jovens estudantes barulhentos e pouco apreciadores de arte. Podia ter ido mais tarde, mas quis aproveitar a luz dum dia lindo de Outono. Não se pode ter tudo!...

 

 

      

 "A Aparição de Dulcineia"                                         "Abraão"

 

 

       

  "Vénus e Amor"                                                         "A Aparição da Rosa"

 

Para além das esculturas, muitos trabalhos, obsessivamente, inspirados na "Bíblia Sagrada", na "Divina Comédia" e, como bom espanhol, no "Dom Quixote".

 

 

"Mulher Nua a Subir Escadas"

 

Salvador Dalí

 
Salvador Dalí nasceu em Figueras, na Catalunha (Espanha), a 11 de Maio de 1904 e aí morreu a 20 de Janeiro de 1989. De 1921 a 1922,f requentou a Academia de Belas-Artes de Madrid. Torna-se amigo do poeta Federico García Lorca e do cineasta Luís Buñuel, com os quais desenvolveu, mais tarde, alguns projectos.
Instala-se, depois, em Paris onde se torna membro oficial do grupo surrealista. As simpatias de Dalí pelos regimes de extrema-direita terão levado Breton a excluí-lo do grupo. São desta altura algumas das suas obras surrealistas mais representativas, como, por exemplo, "A Persistência da Memória", "O Jogo Lúgubre" e "Grande Masturbador". Em 1929, conheceu uma jovem russa, Helena Diakonova, conhecida por Gala Éluard (por ter sido companheira de Paul Éluard), que se tornou na modelo e companheira inseparável de Dalí.
Entre 1928 e 1930, colaborou com Buñuel nos filmes Un Chien Andalou e L'âge d'Or. Os primeiros quadros surrealistas foram expostos em 1929. A mistura do real com o irreal é uma característica que se tornará frequente no seu trabalho. Elaborou um método a que chamava "crítico-paranóico", que implicava o recurso ao inconsciente, na interpretação livre de "associações delirantes". Possuía uma técnica magistral, que colocou ao serviço de uma imaginação transbordante alimentada pela leitura cuidada de Freud. As imagens oníricas e os claros símbolos sexuais não impediram o público de assimilar a sua obra, que obteve um sucesso enorme, sobretudo depois da Segunda Guerra Mundial.

Nos Estados Unidos da América, para onde Dalí e Gala viajaram em 1940 e onde permaneceram durante cerca de oito anos, o artista fez, no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, a sua maior exposição. Escreveu ainda A Vida Secreta de Salvador Dalí e trabalhou por diversas vezes para o cinema, teatro, ópera e bailado. Em 1974, inaugurou o Teatro-Museu de Figueras, onde se encontra exposta uma grande parte da sua obra, e, em 1983, criou a Fundação Gala-Salvador Dalí, uma instituição que gere, protege e divulga o seu legado artístico e intelectual.
Morreu em 1989, sete anos depois de Gala, e foi sepultado, como era seu desejo, no Teatro-Museu que o próprio Dalí criou e ao qual deu o seu nome.

Fonte: Salvador Dalí, in Infopédia [Em linha]. Porto Editora